Encontro de religiões marca centenário da Festa de Iemanjá

“Glória, Glória, Aleluia” entoa um padre em uma tenda debaixo de uma tenda com os dizeres Centro Espírita Deus Reina na Umbanda. O local de tanta mistura? A praia do Rio Vermelho, em pleno dia 2 de fevereiro.
Dezenas de pessoas se reúnem para acompanhar a missa, a prova de que o sincretismo religioso é marca do território baiano. “Só existe na Bahia”, diz um devoto baixinho, perto de onde a cena acontece. Diferentemente de outras festas religiosas na Bahia, em que santos católicos e orixás dividem o mesmo dia, o 2 de fevereiro, em Salvador, é de Iemanjá.
![]() |
| (Foto: CORREIO) |
Mas isso não impede que a mistura de fés diferentes conviva pacificamente na comemoração do centenário da rainha dos mares. “Se tudo fala de Cristo e vem dele. Por que tem que separar? Temos que mostrar para o povo que não tem que ter separação, seja se raça, de religião ou orientação sexual”, defende Pai Menininho, que fundou o Centro Espírita Deus Reina na Umbanda há 28 anos.
O responsável pela missa, Dom Márcio Tranquilli, bispo do Movimento Católico Apostólico Independente do Brasil, também celebrou o encontro inter-religioso. “Nós acreditamos que Deus está onde é evocado. Esse encontro de religiões é a maior das expressões de Deus”, disse.
Fonte: Correio





