Nos últimos 10 anos tivemos 10 títulos mundiais inesquecíveis e 7 atletas que os conquistaram. Além disso esta década foi muito significativa para história do surf mundial e para o surf brasileiro. No primeiro dia de um novo ciclo, que tal olhar para o que foi a última década no surf.
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2010 a 2019: 7 atletas Campeões Mundiais
Em todo esporte, sempre tem aquele atleta que se destaca mais que seus concorrentes e no surf não é diferente, nesta matéria a LivreSurf separou os 10 últimos títulos da elite mundial de surf, onde tivemos 7 atletas como vencedores cada um com o seu jogo, mais todos decididos a fazer a diferença na história do surf.
Entre eles 3 atletas são brasileiros Italo Ferreira com o título da temporada 2019, Gabriel Medina 2014 e 2018 e Adriano de Souza 2015.
7 atletas e suas qualidades nas competições
Italo Ferreira campeão mundial da temporada 2019. Saiba Mais
Italo Ferreira é diferenciado por ter algo que apenas um campeão tem: ele não se sente intimidado pelos seus adversários e parece se sentir mais confiante quando está em baterias com os tops do Tour.
Ele sempre faz história e rouba a cena, as expectativas e estatísticas não funcionam com ele. Talvez seja por isso que tantos canais de Youtube erraram suas previsões para este ano.
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Italo Ferreira Havai
Italo costuma trabalhar combos de manobras e usa bastante o jogo aéreo para passar as baterias, não é um atleta que cai em jogos mentais, sempre procura se concentrar no seu próprio surf, para um melhor desempenho e isso o fez ser campeão mundial em 2019.
Em especial, em sua última coletiva, ele contou como fugiu das conversas de Kelly Slater minutos antes da bateria para evitar entrar no jogo do adversário.
Gabriel Medina Bicampeão mundial (2014- 2018).
O brasileiro Gabriel Medina é diferenciado da maioria dos atletas, ele tem todas as manobras no pé, surfa bem em qualquer condição de onda, manda muito bem aéreos e manobras de borda.
Medina vive jogando nas baterias, sempre usa estratégias baseadas nas regras para avançar, mesmo que elas sejam arriscadas, com certeza podemos considerar Gabriel Medina como um jogador frio em suas vitórias.
A interferência em Caio Ibelli em Pipe mostrou esta frieza e a propensão a jogar com as regras.
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Gabriel Medina
Medina fez história no circuito mundial de surf, foi o primeiro brasileiro a ser campeão mundial em 2014 e em 2018 foi o primeiro a ser bicampeão, realmente uma máquina de competição, Medina sempre quer ganhar custe o que custar, seu jogo é este.
John John Florence Bicampeão mundial (2017- 2018)
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John John Florence
O havaiano John John Florence é considerado um dos maiores nomes da nova geração do surf mundial, é o nome no contrato de patrocíncio de maior valor já assinado no mundo do surf.
Ele tem um estilo diferenciado, manda manobras aéreas com grande facilidade, não gosta de jogar com as regras nas competições.
Em suas baterias pode-se observar que ele sempre está bem calmo e se concentra em dar show, independente do resultado, além de ser super bem visto pelos juízes.
Adriano de Souza campeão mundial (2015)
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Mineiro leva o Título mundial de surf
O brasileiro Adriano de Souza conhecido como Mineirinho é um dos atletas mais temidos em baterias de todos os tempos, tem uma média de notas sempre constante, usa o livro de regras sempre ao seu favor, joga muito bem.
Mineiro faz da bateria uma competição de xadrez, onde a maioria das vezes ele sempre deixa seu adversário em xeque mate.
Mick Fanning (2007-2009 -2013)
O australiano Mick Fanning já foi tricampeão mundial e nesta década venceu em 2013, o atleta sempre foi conhecido por sua velocidade em manobras de curva, com um estilo único e invejado por muitos.
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Mick Fanning ganhou 3 vezes o Título mundial de surf
Mick sempre utilizou das manobras de linha para avançar e vencer os campeonatos, quase não mandava aéreos em baterias.
Era conhecido como homem borracha por ter uma flexibilidade diferenciada em suas manobras, um excelente tube rider e apresenta bom surf em quaisquer condições.
É o terceiro maior campeão do circuito, atrás apenas de KellySlater (11) e Mark Richards (4) e ao lado de Andy Irons e Tom Curren.
Mick Fanning se aposentou das competições em 2018 e segue vivendo como free surfer, conhecendo o mundo e testando pranchas por diferentes picos.
Para quem tem curiosidade de saber mais sobre como Mick Fanning tem vivido atualmente segue sua última publicação:
Joel Parkinson (2012)
O australiano Joel Parkinson foi campeão mundial em 2012, após fazer uma temporada de grandes baterias.
Conhecido pelo seu estilo de desenhar a onda como ninguém, sempre utilizando das manobras de borda e sendo um excelente tube rider.
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Joel Parkinson campeão mundial de surf
Joel ficou 18 anos na elite do esporte e se aposentou em 2018 após ver seu melhor amigo Mick Fanning se aposentar.
Atualmente Joel Parkinson continua vivendo como free surfer, tem escolas de surf e costuma dar palestras de conscientização ambiental.
Em 2019 após o título de Italo Ferreira ele e outros atletas deixaram um recado em seu Instagram :
Kelly Slater 11 vezes campeão mundial (1992, 1994, 1995, 1996,1997,1998, 2005, 2006, 2008, 2010, 2011)
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Kelly Slater
Kelly Slater não é só um surfista profissional americano, é também: autor, ator, modelo, empresário e inovador.
Mas é mais conhecido por seus 11 campeonatos mundiais de surf sem precedentes, considerado o maior surfista profissional de todos os tempos e nesta década seu último título do circuito mundial foi em 2011.
Slater desde o início de sua carreira sempre se cuidou e teve cuidados especiais com a saúde e alimentação. Atualmente ele é vegano. Durante suas baterias costuma jogar muito com seus adversários, tenta atrapalhar sempre o psicológico dos atletas, utiliza muito bem a mídia ao seu favor e além de tudo isso surfa muito bem em suas baterias. Kelly Slater sempre surpreende de alguma forma mostrando que mesmo com 47 anos, vendo passar 3 gerações no circuito mundial de surf, continua dando trabalho e não pretende se aposentar tão cedo.
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Com todos esses títulos e a variedade de estilos e estratégias entre os campeões mundiais, podemos perceber que o surf é um esporte subjetivo.
Nem sempre dá para saber quem vai ser o campeão de forma objetiva e não existe uma fórmula secreta para isso, nem idade!
Cada atleta tem uma qualidade para enfrentar seus desafios e consequentemente no final ser o grande vencedor.
#estamosnatorcida
Fonte: Esportes R7