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Brasil registra nova raça de ovinos que não perde peso mesmo em tempos de seca

Predominantes no Nordeste, animais foram oficialmente reconhecidos pelo Mapa

Após mais de uma década de solicitações, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) homologou a raça de ovinos soinga, até então considerada apenas um ecotipo regional.

O reconhecimento foi publicado no Diário Oficial da União em janeiro de 2025.

Criados principalmente no Rio Grande do Norte, os soinga somam mais de quatro mil animais, distribuídos entre 40 criadores, com maior concentração na região oeste do estado. A raça também se espalhou para a Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.

Segundo Magali Moura, superintendente de Registro Genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), os animais tiveram origem na Fazenda Xique-Xique, em Ingazeira (PE), resultado do cruzamento entre as raças somalis brasileiro, morada nova e bergamácia brasileira.

A batalha pelo reconhecimento começou em 2008 e teve negativas até 2018. Somente agora, com mapeamento genético e estudos mais aprofundados, o Mapa concedeu a homologação. Com essa conquista, os criadores esperam impulsionar a valorização da raça e fortalecer a ovinocultura na região.

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