Costa do Marfim registra primeiro caso de ebola desde 1994
CELLOU BINANI / AFP
O Instituto Pasteur da Costa do Marfim confirmou neste sábado (14) o primeiro caso de ebola no país desde 1994, segundo divulgou o Ministério da Saúde do país e a Organização Mundial da Saúde.
De acordo com as primeiras informações, a paciente em questão havia viajado no último dia 12 para a capital marfinense, Abidjan, por via terrestre, vindo da vizinha Guiné, que anunciou em 19 de junho o fim do último surto da doença.
A mulher que foi diagnosticada com ebola tem 18 anos, nasceu em Guiné e foi internada em um hospital após sentir febre, conforme indicou o Ministério da Saúde da Costa do Marfim.
Segundo a OMS, não há indicação até o momento de que haja uma conexão entre o surto no território marfinense com o de Guiné, “mas pesquisas e a sequenciação genética identificarão a cepa e determinação se existe uma conexão entre ambos”.
Veja também
-
Saúde
Epidemia de ebola é pouco provável no Brasil, diz especialista
-
Internacional
Guiné anuncia oficialmente uma epidemia de Ebola
-
Internacional
Novo caso de Ebola é detectado no Congo, diz Ministério da Saúde
Durante este ano, também chegaram a ser declarados surtos na República Democrática do Congo (RDC), cujo fim foi declarado em 3 de maio.
No entanto, esta a última vez em que foi registrado um surto em uma grande capital, como Abidjan, foi entre 2014 e 2016, resultando na morte de 11,3 mil pessoas.
Na Costa do Marfim, nenhum caso havia sido confirmado desde 1994, quando o vírus saltou de uma família de chimpanzés para um pesquisador que trabalhava na região.
Leia também
-
Guiné registra 1º caso de doença causada pelo vírus de Marburgo
-
EUA: variante Delta pode ser tão contagiosa quanto catapora
-
Universidade nos EUA vai multar alunos que não se vacinarem
“É uma grande preocupação que este surto tenha sido declarado em Abidjan, uma metrópole com mais de 4 milhões de habitantes”, indicou a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, por meio de comunicado.
A agência, além disso, indicou que 5 mil doses de vacina contra a doença que tinham sido reservadas para enfrentar o surto na Guiné, estão sendo transferidas para a Costa do Marfim, graças a um acordo entre os Ministérios da Saúde dos dois países.
Fonte: Saúde R7