Isaquias flertou com decepção, mas sai de Tóquio 2020 coroado

Maxim Shemetov/Reuters – 7/8/2021
Isaquias Queiroz desembarcou em Tóquio 2020 como candidato a recordista de medalhas para o Brasil em Jogos Olímpicos. A decepção de ficar fora do pódio na primeira prova em que disputou na Sea Forest Waterway foi canalizada em vontade de conquistar a medalha de ouro neste sábado (7), no C1 1000 metros. E o baiano de Ubaitaba conseguiu o sonho que perseguia desde quando descobriu a canoagem.
Com a conquista na capital japonesa, Isaquias agora soma quatro medalhas em Jogos Olímpicos: bronze no C1 200 metros e prata no C1 e C2 1000 metros na Rio 2016, além do ouro no C1 1000 metros de Tóquio 2020. O recorde de cinco medalhas ainda pertence ao velejador Robert Scheidt, que passou em branco nesta Olimpíada.
O brasileiro (4min04s408), de 27 anos, é o atual campeão mundial da prova e não poderia ficar fora do pódio. O seu histórico rival, o alemão Sebastian Brendel, havia ficado para a final B. O chinês Hao Liu (+1s316), o segundo colocado na prova, não aguentou o ritmo nos 250 metros finais.
O atleta havia se cobrado publicamente após ficar com a quarta colocação no C2 1000, na canoa com o parceiro Jacky Godmann — Herlon de Souza, seu companheiro há cinco anos, sofreu com uma lesão no quadril e não pôde competir. Um nome que revolucionou a história da modalidade no Brasil precisava dessa conquista.
Yara Nardi/Reuters – 7/8/2021
O começo de tudo
Mesmo coroado medalhista de ouro em Olimpíada, Isaquias não esquece do seu mentor. O espanhol Jesús Morlán, que morreu em outubro de 2018, depois de uma batalha de dois anos contra um câncer no cérebro, lapidou o diamante que havia encontrado nas águas de Ubaitaba.
As medalhas conquistadas na carreira foram uma forma de honrar a memória do lendário treinador.
Fonte: Esportes R7