Saúde

OMS pede moratória sobre dose de reforço de vacina contra covid-19 

OMS teme que países 
ricos utilizem mais vacinas, enquanto outros países ainda necessitam do imunizante

OMS teme que países
ricos utilizem mais vacinas, enquanto outros países ainda necessitam do imunizante

Laurent Gillieron/Pool via REUTERS

A OMS (Organização Mundial da Saúde) está pedindo uma moratória sobre as doses de reforço da vacina contra a covid-19 até pelo menos final de setembro, disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta quarta-feira.

O movimento é para permitir que pelo menos 10% da população de cada país seja vacinada, disse Tedros.

O apelo para interromper a distribuição de doses reforço da vacina contra a covid-19 é o mais forte já feito pela agência da ONU, à medida que a lacuna entre as taxas de imunização em países ricos e pobres aumenta.

“Entendo a preocupação de todos os governos em proteger seu povo da variante Delta. Mas não podemos aceitar países que já usaram a maior parte do fornecimento global de vacinas usando ainda mais”, acrescentou Tedros.

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Os países mais ricos administraram cerca de 50 doses para cada 100 pessoas em maio, e esse número dobrou desde então, de acordo com a OMS. Os países de baixa renda só conseguiram administrar 1,5 dose para cada 100 pessoas, devido à falta de insumos.

“Precisamos de uma reversão urgente: da maioria das vacinas que estão indo para países de alta renda, irem para países de baixa renda”, disse Tedros.

Alguns países começaram a usar ou discutir a necessidade de doses de reforço.

Na semana passada, o presidente de Israel, Isaac Herzog, recebeu uma terceira dose da vacina contra o coronavírus, dando início a uma campanha para oferecer doses de reforço a pessoas com mais de 60 anos no país.

A Alemanha anunciou na segunda-feira que em setembro começará a oferecer uma dose de reforço a pessoas vulneráveis. Os Emirados Árabes Unidos também começarão a fornecer uma injeção de reforço a todas as pessoas totalmente vacinadas consideradas de alto risco, três meses após a segunda dose da vacina, e seis meses para outras.

Em julho, os Estados Unidos assinaram um acordo com a Pfizer e a parceira alemã BioNTech para comprar 200 milhões de doses adicionais de suas vacinas contra covid-19 para ajudar na vacinação pediátrica, bem como possíveis doses de reforço.

Os reguladores de saúde dos EUA ainda estão avaliando a necessidade de uma dose de reforço.

 

Fonte: Saúde R7

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