Saúde

Covid-19: UFRJ desenvolve vacina e testes devem começar em 2021

UFRJVac pode ser testada em humanos ainda este ano
Divulgação/UFRJ-Coppe

A Universidade Federal do Rio de Janeiro desenvolveu uma vacina contra a covid-19, a UFRJVac. Segundo a professora Leda Castilho, que coordena o projeto, o objetivo é dar entrada no processo de liberação da testagem junto à Anvisa ainda em agosto. Caso haja permissão, os testes em humanos devem começar ainda este ano. 

Ainda de acordo com a pesquisadora do Programa de Engenharia Química, o imunizante é do tipo recombinante, ou seja, o ingrediente ativo é uma cópia da proteína que recobre a superfície do vírus. Testes em animais já foram realizados.

Essa mesma técnica de engenharia genética é similar a de outras vacinas amplamente utilizadas, como a da Hepatite B, HPV e gripe. A tecnologia permite que a vacina cubra, inclusive, as variantes do corona e outros vírus, de acordo com as respectivas proteínas. 

No caso da covid-19, já se sabe que a proteína em questão é Spike, também chamada de “proteína S”. Esta compõe a parte pontiaguda do vírus.

Até o final de 2021, a equipe desenvolvedora da UFRJVac vai decidir qual variante é a principal para fazer adaptações na vacina. 

Projeto da UFRJ

Castilho diz que tecnologia é usada em outras vacinas

Castilho diz que tecnologia é usada em outras vacinas
Reprodução/Redes Sociais – UFRJ/Coppe

O projeto do Lecc (Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares), do Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia), foi um dos quatro destaques da edição de março da Revista Pesquisa, editada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). 

Fora a vacina da UFRJ, imunizantes desenvolvidos pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) também estariam em estágio avançado. 

Segundo relatório da pesquisa, a proteína S também vem sendo disponibilizada gratuitamente a instituições de todo o Brasil, contribuindo para o desenvolvimento de estudos que vão desde pesquisas biomédicas básicas até estudos epidemiológicos de base populacional.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

Fonte: Saúde R7

Botão Voltar ao topo