Esporte

Olimpíadas acertam com inclusão de skate, surfe e basquete 3×3

Basquete 3×3 foi uma das novidades do programa olímpico em Tóquio 2020
Andrew Boyers/Reuters – 28/7/2021

Antes das competições começarem em Tóquio 2020, a dúvida era quem precisava de quem: o skate e o surfe que precisavam de mais público ou os Jogos Olímpicos que precisavam de uma modernização em suas modalidades? E o basquete 3×3, que pouca gente ainda pronunciava corretamente, com o “xis” entre os números. Com o término das três modalidades nesta quarta-feira (28), o casamento foi perfeito.

Se levado em conta o lado brasileiro, a inclusão desses esportes também foi proveitosa já que Kelvin Hoefler e Rayssa Leal conquistaram as medalhas de prata no skate street, e Ítalo Ferreira levou o ouro no surfe, todos em disputas acirradas. Pâmela Rosa, Letícia Bufoni (ambas no skate) e Gabriel Medina (no surfe) também tinham grandes chances de medalha. No 3×3, o país não teve representantes.

Kelvin Hoefler reconheceu que fez história ao estar no primeiro pódio olímpico do skate

Kelvin Hoefler reconheceu que fez história ao estar no primeiro pódio olímpico do skate
Lucy Nicholson/Reuters – 24/7/2021

O skate foi o primeiro dos novatos a estrear. Havia o temor de uma dificuldade de entendimento com as manobras, com a pontuação, mas o sistema adotado foi simples e dinâmico. Até mesmo o lifestyle dos atletas era um problema em potencial. Tudo saiu dentro do esperado, com os competidores enquadrados em roupas dos comitês nacionais, mas com bastante dos seus estilos próprios.

“Foi ótimo mostrar o skate pela primeira vez nas Olimpíadas. O skate é profissional, não é brincadeira e os atletas se prepararam muito para estar aqui”, disse o brasileiro Kelvin Hoefler, medalhista de prata no street, no Ariake Urban Sports, um legado olímpico para a capital japonesa.

Ítalo Ferreira deixou Tóquio 2020 com título de primeiro campeão olímpico da história

Ítalo Ferreira deixou Tóquio 2020 com título de primeiro campeão olímpico da história
Lisi Niesner/Reuters – 27/7/2021

A quase 100 km dali, o surfe enfrentou problemas conhecidos na praia de Tsurigasaki. Inicialmente, o mar estava sem ondas e, dias depois, com a previsão da chegada de um tufão, a competição teve de ser acelerada para que o mar agitado não atrapalhasse. Os questionamentos sobre a cultura do surfe também vieram à tona, mas ninguém saiu prejudicado por isso.

“Estou muito feliz por esse momento histórico. Eu peguei a primeira onda da competição e depois sai com a medalha de ouro. Sem dúvida, faço parte da história porque o surfe agora é olímpico”, disse Ítalo.

Pratique você mesmo

Quando pensou na introdução de novos esportes, o COI (Comitê Olímpico Internacional) também acreditava em modalidades que os torcedores pudessem praticar sem necessidades de grandes equipamentos públicos ou privados. Nesse aspecto, o 3×3, disputado em uma meia quadra de basquete, foi o exemplo perfeito.

Uma tabela de basquete de qualquer esquina nos Estados Unidos, berço da modalidade, já viraria um palco olímpico. O show ainda ganhou DJs com músicas modernas e um show de luzes antes da partidas, mas o espetáculo mesmo foi dentro da quadra. 

Veja também
  • Mesmo derrotada, Ketleyn se vê melhor do que no bronze em 2008

    Olimpíadas

    Mesmo derrotada, Ketleyn se vê melhor do que no bronze em 2008

  • Apaixonado pelo vôlei, brasileiro dá cara a tapa pelo Quênia nos Jogos

    Olimpíadas

    Apaixonado pelo vôlei, brasileiro dá cara a tapa pelo Quênia nos Jogos

  • Rayssa Leal quer usar prata para quebrar preconceitos no skate

    Olimpíadas

    Rayssa Leal quer usar prata para quebrar preconceitos no skate

Além dos três esportes, o BMX freestyle, o caratê e a escalada esportiva são novidades no programa olímpico para este ano. Nenhum desses ainda estreou.

Resumo do dia tem vitória no tênis, derrota no judô, Biles e futebol

Fonte: Esportes R7

Botão Voltar ao topo