Saúde

Governo de SP rebate acusação de Bolsonaro sobre valor de vacina

Governo de SP criticou Bolsonaro em nota emitida nesta quinta-feira (22)

Governo de SP criticou Bolsonaro em nota emitida nesta quinta-feira (22)

SERGEY DOLZHENKO/EFE

O governo do estado de São Paulo emitiu, na noite desta quinta-feira (22), uma nota oficial para rebater declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a respeito do preço vacina CoronaVac. Bolsonaro havia dito que a fabricante Sinovac ofereceu o imunizante pela metade do preço cobrado pelo Instituto Butantan.

Leia também
  • Bolsonaro diz que Sinovac ofereceu vacina pela metade do preço

No comunicado, a gestão de João Doria (PSDB) afirma que o presidente delirou na entrevista concedida mais cedo à rádio Band B, e que fez acusações sem provas.

“Bolsonaro tenta, com isso, desviar as atenções das denúncias contra seu próprio governo, que recebeu oferta de grupo empresarial para comprar a vacina por quase o triplo do valor negociado entre o Ministério da Saúde e o Butantan. O Butantan é o único representante da Sinovac no Brasil e na América Latina para a comercialização da Coronavac”, escreve o governo paulista no comunicado.

A gestão estadual conclui a nota alegando que, com as afirmações feitas hoje, Bolsonaro demonstrou incoerência na fala e em seus atos.

Bolsonaro fala sobre preço da vacina

Mais cedo, quando concedeu entrevista à rádio de Curitiba (PR), após dizer que a Sinovac ofereceu seu imunizante por metade do preço, Bolsonaro também disse que enviou a proposta à CGU (Controladoria-Geral da União), ao Ministério da Justiça e ao Tribunal de Contas da União para apurar por que existe essa diferença nos preços e se há irregularidade no acordo de aquisição das vacinas.

“Por que a matriz nos oferece a vacina pronta a US$ 5 e eles, Butantan, ao receber o IFA da China, nos revende a US$ 10, pode ser que não haja nada de errado nisso tudo, mas o Butantan nunca nos apresentou a planilha de preço. Pelo que tudo indica no momento é algo assustador”, disse.

O presidente afirmou que o governo não respondeu à Sinovac. “Vou conversar de novo com o [ministro da Saúde, Marcelo] Queiroga hoje, mas antes vamos investigar. Não vou comprar algo que a população não quer tomar”, concluiu, sugerindo que a vacina possuísse uma qualidade menor que as outras disponíveis no país.

Fonte: Saúde R7

Botão Voltar ao topo